domingo, 27 de janeiro de 2008

A bola. por: Marcelo Camelo

O cara é demais né, tive de postar isso aqui, achei em um blog dele.

A BOLA:

É engraçado a busca pelo dogma do pensamento. A impressão de que há um texto único que sirva pra todos nós. Por que a gente ainda luta por isso? Não deu pra perceber ainda que cada um de nós veste o que escolhe vestir. A raiva diante de um texto confessional acontece, parte por esse equívoco, de olhar pra isso como uma proposição absoluta e outra pela natural rejeição a qualquer tipo de informação nos dias em que a gente quer menos dela “A... Não fala nada...”, eu mesmo falo isso direto vendo TV. Quando eu me vejo na TV então, aqui o doutorando de filosofia pensa saber pensar. O professor pensa saber ensinar a escrever. Eu penso sentir. Todos nós enganados sentimos a partir do que a gente pensa. Nas todas as vezes que tento propor uma verdade eu sinto que pode ser mentira. Vai saber... Eu gostaria muito de ter um exemplo concreto de como se deve escrever. Um manual universal que o meu só me deixa pensar sobre o que eu sinto, mesmo quando me dizem que eu sinto errado (como fazem os filósofos). Quando isso acontece eu me pergunto se existe isso. Sentir errado, acho que existe tanto quanto dançar errado. Meu amigo Caíto ouviu uma vez “dança direito!”... Dançar direito é foda. Mas eu estou pensando nessa impessoalidade crítica por um outro motivo. Eu acredito na força dos nossos espelhos, na força que a cultura gerada no nosso próprio inconsciente tem de ensinar nosso sentimento. No mundo atual acho romântica a afirmação de que há algo de original que consegue atravessar a influência da cultura, que nós sempre vamos nos rebelar contra a força opressora da invenção de nós mesmos. Não vamos. A maioria de nós vai dialogar com o que a moçadinha editorial resolveu enxergar como realidade e, a retórica, minha algoz e salvadora, é tipo o fio de Ariadne. Viu professor, agora a informação é de todo mundo. Você, se vivia da gerência dela, é bom começar a promover o olhar. Minha geração lê sobre o teseu ou sobre o he-man no mesmo google, em igualdade de condições. Vai lá: google – fio, labirinto até entender metaforicamente a fábula. E na mesma justa medida de velocidade de combustão destes fenômenos, a gente anda. Por isso, faz pouco sentido propostas de conduta partindo do imaginário de ideal dos nossos pais. O meu aos 18 fez faculdade de engenharia porque aos 13, num exame psicotécnico, encaminharam seus ensinos, suas expectativas, pra área de exatas. Ele aos 18 nem questionava, era tipo verdade absoluta. A vida tava encaminhada aos 20. Mulher, casa, trabalho. Nosso paradigma é outro, é fluído, é auto destrutivo. Duram menos nossas verdades, são menores as nossas espirais.

Por conta disso a gente se reinventa a qualquer hora. É preciso celebrar essa conquista social. “Já que é tudo fingimento, que eu finja ser o que eu quero no momento que quiser”. Se a gente ainda está na caverna escura, ao menos os vultos são invenções pulverizadas. Essa proposição de verdade onde a gente se vê virou de todo mundo, é o maior movimento de democratização que já houve. E olha que ele mal começou. Eu que acho um monte de coisa e não sei nada pergunto pra vocês, que vão mesmo comentar isso aqui: pergunto assim como quem não sabe, como quem tem curiosidade e dúvidas, que tipo de humano a internet vai forjar? Se hoje os valores morais de comportamento são chancelados por uma geração embalada na TV, que tipo de gente serão os nossos filhos? Atualizando eles mesmos seus desejos?

Bulício

Na mesma 4 de Abril, outro reencontro.
É remexer no remexido.
Lembrar do não esquecido.
Querer decifrar o indecifrável.
Lembrar. Esquecer.
Outro adeus.
É remexer no remexido.
Atordoar o atordoado.
Abraço.
"Tenho que entrar".
Inacreditável.
Inconformação. Conforme-se.

O poder da transformação diária

Agora entendo o porquê das situações dos dias anteriores, o porquê de passar em lugares distintos, por grupos de pessoas diferentes, mas que no fundo são todas iguais. Entendo agora o que eu estava fazendo lá ou cá, esse sentimento não é meu, é dEle, não seria capaz de tanto. Reparo cada um como se fossem lagartas, prestes a virarem borboletas, mas não viraram. Observo-os como se valessem muito pra mim, observo-os com ar de dó, com ar de desespero, e vejo-me parada, isso me revolta, em não fazer nada, sabendo que tenho o que falar, tenho convicção do que sinto, e de que pode ser mudado, convicção de que vidas podem sim ser transformadas através do amor de Deus, através da minha vida, de uma atitude minha de ir lá, de ouvir, de transmitir. Calo-me, fecho-me, observo, absorvo. Não quero que isso aconteça mais, quero ser ousada no falar, no agir, não quero mais ter medo, não quero mais me calar. Hoje me sinto transformada, como todos os dias, e que assim suceda, não só na minha vida, mas na de todos que passarem por mim, que sintam meu sorriso, que vejam algo diferente, e que saibam, vale a pena.

Ratos

Aquele lugar fede, cheiro impregnante. Lá tem ratos, são todos iguais, se locomovem, é horripilante. São utilizados para experimentos, testes, são humanos. Um exemplo: produto novo no mercado, tem de ser testado, utiliza-se ratos. Não opinam, aceitam. Não reclamam, desfrutam. Só servem para isso, e nada mais. Tolos, lugar lotado de tolos aquele, é como se ratos tomassem injeção e ficassem alegres, assim acontece. Tudo ilusão, tudo vazio, não vale de nada no fim da noite.
Aquele lugar cheira mal, lá tem ratos, me da nojo.
De que serve bebida se não preenche vazio espiritual, e só é problema no final?
Pra quê beijo se posso ter olhares?
Pra quê dançar se posso conversar?
Pra quê sufoco podendo desfrutar da mansidão?
Pra quê ser somente ratos se podemos ser gente?
Acordem, acordem ratos tolos.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

(!)

Descrevo-me apaixonadamente pelo que sou. Se existe ser vivente na terra que é perfeito, sou eu. Verde, não existe cor mais bela e exuberante que poderia me diferenciar, posso estar ao sul, ao norte, a leste, a oeste, me encontraste em todos os lugares, não dependo de dinheiro e nem preciso de carinho, o que necessito para manter-me Ele me dá, todos os dias, sem faltar ou sobrar nada, somente o necessário. Sou feliz, recebo sorrisos singelos, olhares sinceros, recebo amor de alguns, maltratam-me outros, destroem-me alguns, receberão em troca outros. Estou em constante transformação, sou forte e não abro mão. Quer cura vêm até mim, quer sombra vêm até mim, quer sossego vêm até mim. Estarei a sua disposição, pretendia existir para sempre, mas hoje vejo que a realidade é outra, vocês decepcionaram e eu não decepcionei a vocês, vocês me maltrataram, e eu não maltratei a vocês, não me preservaram, e eu os preservei. Existem agora desesperados, outros nem tanto, reparam agora que estão me perdendo, e vou fazer falta, talvez haja solução ainda, talvez não. Se pudesse pedir algo, pediria que dessem-me valor, sou muito preciosa.


Atenciosamente, Natureza.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O teatro nosso de cada dia

Ufa! Só de olhar a hora, e estar em frente à tela do computador, vejo o quanto demorou a chegar esse momento, como o valorizo, sinto-me desabafando aqui, a ânsia de escrever que não sei da onde vem, e me sufoca. Escrever sem saber o que, somente refletir e não deixar escapar, tantas coisas que penso em escrever, em tornar especial e deixo ir embora. Hoje confesso que estou sem idéias, apesar de tantas ter passado durante o dia, e na noite passada que demorei muito a pegar no sono. Mas deixo aqui algo especial, muito especial, que foi o dia 29 de março de 2007, em Presidente Prudente, show do Teatro Mágico, ou melhor dizendo, o "espetáculo" Teatro Mágico.

Vejam e prestem atenção:

http://br.youtube.com/watch?v=DI0sTiF-FwE

domingo, 20 de janeiro de 2008

Inconstantes

Surpreende-me o ser humano. Em um momento podemos estar tão alegres, e em questão de segundos estarmos tristes. Podemos sentir um amor tão intenso, e com uma frase transformá-lo em tristeza profunda. Hora auto-estima, hora depressão, hora encanto, hora desprezo, hora raiva, hora dor. Estamos em constante transformação, em constante aprendizado, absorvemos o que há de melhor em algo (ou tentamos), seja pessoa, seja filme, seja livro, tentamos nos encontrar, tentamos o certo, queremos nos tornar cada dia melhores.
Surgem conflitos, com você mesmo, com alguém, somos opostos, em um mesmo mundo. Estamos certos de uma coisa, indecisos em outras, temos desejos repentinos, horrores extravagantes, nos deparamos com absurdos, queremos gente semelhante.
Sentimos saudades, queremos voltar, imprevisível, queremos voltar.
Estamos dispostos, circunstâncias nos levam a pensar, traçamos metas, previmos o melhor. Vai além da rotina, além das províncias, sentimentos eternos, espírito indagador, mente alucinada, o ser humano por si só. Falamos de transformação, de como é mágico o que podemos sentir, como podemos nos moldar, como podemos nos destruir. O caminho tem escolhas, sejam elas mínimas, mas cada um tem o que precede. Onde quer que estejamos, estamos vulneráveis, quer queria, quer não. Vulneráveis a se apaixonar, a se envolver, a lembrar, a mudar, talvez transformar. Cada dia é cada dia, seja ele o mais chato possível, algo mudou, talvez não se de conta agora, mas reparem, nossos pensamentos voam.


"Ela que descobriu o mundo, e sabe vê-lo do ângulo mais bonito, canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes, sente e vive intensamente. Aprende e continua aprendiz, ensina muito e reboca os maiores amigos.."

sábado, 19 de janeiro de 2008

Ops! Pegou a pessoa errada.

Sexta-feira às 18h11min, rua da Prefeitura Municipal. De um lado, pára uma viatura da PM, descem cinco policiais e um negro, com roupa aparentemente de pedreiro, sujeito trabalhador, pai de família, tomando o caminho da roça depois de um dia de trabalho. Policiais cumprem o que chamam de serviço, e fazem "batida" no homem. Ignorantes como são, não olham nos olhos dele, fazem perguntas e nem se importam com as respostas. Vejo-o retirando seus documentos do bolso e declarando aos policiais que não faz mal a sociedade.
Bom, do outro lado da rua está o prefeito de sua cidade, conversando com um suposto amigo, diria parceiro no caso, não dando a mínima pro acontecimento, afinal, grandes coisas não? Ele de lá, e eu de cá, e assim permaneceremos, certo? Quem suja as mãos não é o prefeito, ele só organiza. Se rouba, não é ele, são os "comparsas". Não estariam os policiais do lado errado da rua? Não deveriam estar "investigando" quem realmente faz mal a sociedade? Não é pra se pensar, hoje isso é utópico. E vamos levando, estamos assim, e continuaremos assim? O que podemos fazer para trocarem de lado?

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Questões

Mais uma vez chega a hora de dormir. Não determinada, mas ela tem que chegar. Por que dessa vontade rotineira de escrever antes de deitar? É por não conseguir dormir? É pela noite? Ou porque é a hora em que se passa tudo em mente, e os sentimentos consequentemente ficam a flor da pele?
Papel, caneta, ilusões, basta?
O que é amizade pra você? Isso seria, ou será, um dos assuntos propostos em nosso projeto. Como conduzirei esse debate se nem eu mesma tenho minha posição quanto ao assunto? Quantas perguntas, é mesmo necessário todas as respostas?
Perguntas que surgem, e se espalham no ar.
Olho para esse varal e vejo fotos penduradas, imagino-as molhadas, como as antigas revelações fotográficas, como se estivessem quase prontas, mas ainda não.
Vejo que apesar de serem nítidas, estão em constante transformação, aqueles são momentos, e as vidas que ali aparecem continuam vivas, cada qual formando seu rumo, seguindo seu caminho.
Mesmo que não estejam no varal, vêm vidas em mente, vidas que são marcantes, vidas que são distantes. O que estão fazendo? Onde estão agora? O que pensam? Se lembram? Mudaram? Têm os mesmos gostos? Passam pelos mesmos lugares e vêem algo especial? Ou sou só eu que sou assim?
Devo estar muito presa ao passado recente, se tornou eterno, diria. Quando será que mudará novamente? E o que? Se for pra mudar que sejam os outros. Chamaria isso de orgulho? Nem sei mais o que é isso, já o deixei pra trás ha tempo.
Mudando a música diria que amigos são bruxos e fadas, afinal, são humanos, não poderíamos esperar mais, ou menos.
Digo que sou apaixonada pelo ser humano.

Como me encanta
me agrada
desgraça
abraça
rasga
amassa
massa.


Os bons são ruins, os ruins são bons. Depende do ângulo que os vêem.

Pernilongo te irrita?
Boa noite, que eles não te acompanhem, sério.

15 pra 16/01/08

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Agradar

Filme nacional, dois irmãos na sala, uma garota e um garoto. Silêncio. O garoto ri em cenas irônicas, a garota admira quieta. Termina o filme.
- Que bosta! Diz o garoto.
- Sensacional! A garota.
Parte daí o pensamento de como são distintos os seres humanos. Têm mesmo aspecto físico, às vezes até gostos parecidos, mas são completamente diferentes.

Menina

A Menina está precisando conhecer gente nova. Outros gostos, outras roupas, outro pensamento, outra sintonia. Gente que possa conhecê-la, que ela possa descobrir, gente que se entenda.
Menina está precisando de coisas novas, de novos momentos, de novas descobertas, de novos dias para ficar na memória. Menina quer atropelar o tédio, matar a saudade, provar sabores. Ela quer gente louca, quer gostos loucos, quer coisas simples. Menina cansou do velho, do mesmo, da rotina que não tem. Cansou dos filmes, dos livros, das músicas. Esqueceu como é fazer nada e se divertir, não sabe mais tirar pessoas do tédio, nem ela mesma.
Menina não conhece ninguém, ninguém conhece Menina, ninguém conhece ninguém.
Sonhos, loucos, mas sonhos, isso Menina ainda tem, agora ainda mais.
Menina quer viver, menina quer voar. O mundo particular criou, infinito fez ela se tornar. Ela ama as coisas dela, ela queria ser ela. Menina é incompleta. Menina é você? Devo ser eu...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Aquela sexta-feira, ah, sexta-feira, não sai da minha mente. Me pego parada, em qualquer lugar, antes de dormir, ao acordar, indo pro trabalho pensando, lembrando, mirabolando, "será que vai ser?", "mas como?", "que país?", "daqui quanto tempo?", "duração?", saudade e medo, oração e vidas, é muita coisa para se pensar, confunde, e é certo de alguma forma. Vêm coisas a minha mente, cenas, momentos que não entendia, e que agora, passo a entender. Por que daquele choro aos nove anos? E aquilo que me incomodava aos sete? Hoje tudo faz sentido, vêm tudo a minha mente como se fosse hoje, juntamente com momentos lindos, de revelações, promessas, chamado. Me recordo do primeiro dia em que recebi esse chamado, Piratininga, base regional da Jocum, uma madrugada, entre as bandeiras, e tantas confirmações. Esse dia se tornou inesquecível. E claro, essa sexta-feira, como sairá de mim? Não há como, foi demais. Talvez agora esteja muito longe, seja só um sentimento, um pouco indeciso ainda, em relação a lugares, pessoas, datas, mas uma coisa eu sei, não abandonarei.
"As fronteiras te esperam".
Isso pra mim, é muito louco.

"Porque com alegria saireis, e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cântico diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas." Isaías 55.12

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Alma de criança

Ontem chorei. É, chorei de amor, amor ao próximo, diretamente ao Amaury, ao Mateus e ao Paulinho. Crianças de rua, que com pouca idade já sabem muito mais da vida do que muita gente. Meninos que vivem outra realidade, que conhecem outro lado do mundo, e que não descobrem outro caminho, não conhecem mordomia, não conhecem luxo, cerimônia, família, valores. Mas, que ainda assim, são crianças. Se juntar Paulinho do Risca Faca, com João do Maria Isabel, as almas não se diferem, o brinquedo que diverte um, diverte o outro, a pintura que agrada um, agrada o outro. Não colocamos fé, amor, confiança ou coisa alguma nas crianças de rua, só temos medo, receio, desconfiamos sempre. Até o momento que seu filho quer ir ao brinquedo, e você não comprou a ficha ainda, e aquele lá, da rua, simplesmente dá uma dele para o seu filho. Observo a sua cara "boca-e-aberto" com o ato, é mesmo "diferente" (sem saber que palavra usar).
Gostaria de escrever mais, muito mais sobre essas pequenas criaturinhas, com sabedoria, vendo apenas o outro lado, que nós não conhecemos.
Já imaginou que eles também sentem? Que eles também brincam? Que eles também são crianças? Ou será que para eles a realidade está de bom tamanho?
Talvez esteja sendo muito humana, muito "boazinha", mas agora, os pensamentos e atos ruins deles não me incomodam, é pura conseqüência. Só um sentimento me preenche, amor.
Se Jesus estivesse aqui, com quem você acha que Ele estaria, com os meninos de rua ou com você? Sem dúvida, com eles. Deus olha pra nós como um corpo, sendo ele em comunhão, todos iguais, sem diferença alguma.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mudanças.

Sério, ta decidido a partir de já!
Até hoje às 22:12 estava sem expectativa alguma para o tal do ano novo. Grande coisa, não muda em nada, detesto essa cerimônia toda, de sair falando a mesma frase pra todo mundo, sem nenhum sentido, éca éca! Mas voltei da oração agora, aaaaah, quanto tempo que eu não tinha um tempinho com Deus como esse de agora. Acho que me deu forças sabe, me senti abraçada, amada como não me sinto em nenhum outro lugar! Ah é, a mudança. Então, ta decidido que esse ano eu vou amar mais, é amar, amar, amar. É assim que está na Bíblia, por que EU vou ser a chata, ignorante, prepotente de dizer "amar qualquer um, até parece”? Mas é claro, "ame ao próximo como a ti mesmo". Acho que o ser humano chegou ao ponto de ridicularizar o amor, certo? Têm aqueles que dizem que o amor virou bom dia, talvez pra quem não sabe amar, é, é sim. E daí de amar todo mundo? Por que não? Não tem coisa melhor, do que você olhar para uma criança, ou para aquele menino idiota, ou para aquela menina fútil da escola e pensar "eu a amo", isso conforta, sério. Acho que estou transbordando de tanta alegria, de tanto amor, fico assim, juro. Lembra aquele papo de "compartilhar"? Mais ou menos isso, talvez em dobro. Quero ser assim, não quero que diminua esse sentimento com o passar dos dias. Quero estar com essa disposição no trabalho, onde eu estiver, amando, mostrando que eu tenho algo diferente, e que todos podem ter. Que bom que é isso, queria que você que está lendo isso se sentisse assim, juro. Bom, próxima oração só quinta. E sábado culto de jovens, iuhul! HADIUHSAIO Nunca me imaginei assim, mas não trocaria por nada, sério.
Estou feliz com a mudança, expectativas novíssimas para esse ano, só agora que está caindo a ficha.
Lembre-se: amar, amar, amar, sorrir...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Acho ele legal. Eu não. Não converso. Pra mim nem fede nem cheira.

Férias monótona, portanto, se acontece algo diferente, se torna surpreendente. Descrevo a noite de ontem, que foi legal, bem legal até.
Luciana, antiga amiga de Lara, sente saudades de Luca, colega de Diego, já teve romance com Luca, já estudou com Lara e Diego. Luca morou alguns anos em Marília, já gostou de Lara, assim como de Luciana também, Diego é seu blood brother das antigas, hoje em dia mora em São Paulo e passa as férias em Marília, é melhor amigo de Lara, tem pircing em tudo quanto é lugar, e sente saudades das outras férias, assim como Lara também sente. Diego tem pensamentos parecidos com os da Lara, mora em Bauru há quase seis meses, passa as férias em Marília, como Luca, Diego é bem legal. Lara, bem... Lara é somente Lara.
Luca e Diego bebem Heineken, Luciana Skol, e Lara café com chantilly. Os quatro têm afinidades, são amigos, esses sim se podem dizer amigos.
Diego conta histórias, Luca concorda, Luciana ri, e Lara observa, faz comentários. No momento os quatro estão felizes. Celular do Luca toca, chamada a cobrar, não atende. Durante a noite conversam sobre quase todos os assuntos, surgem risadas há muito tempo encolhidas, como fazia falta momentos como esse, não só para Luciana, mas para Diego, Luca tão quanto, Lara mais ainda.
Luca conta sobre suas paixões, Diego conversa com Lara sobre as suas, Luciana tem recaídas.
"Desce mais uma rodada"
Esse texto não tem fim, não tem pé, nem cabeça. Só é.

Era uma vez Marina, apaixonada por Joaquim, amor platônico, diga-se de passagem. M conhece J através do chamado "orkut", com muita coragem ela deixa um recadinho assim:
- Gosto muito desse nome :)
J, sem saber o que dizer, responde:
- Quem é?
M:
- Ninguém, é que nunca conheci alguém com esse nome, tive que deixar o recado, tchau!
Depois de trocados alguns recados eles se adicionam no tal "MSN" e a partir daí conversas fluem e começa uma nova paixão. J mora em Taguatinga - DF, M em Jaú - SP. J já teve namorada em SP e conversa normalmente com M sobre, eles têm passe-livre para qualquer assunto.
M conversa com J todos os dias, até que ligam a webcam, se observam, se admiram, se apaixonam, ou pelo menos M sim.
Trocam depoimentos, românticos às vezes, encantadores diria. J diz que sente saudades de alguém que nem conhece, M.
Algum tempo depois M escreve carta à moda antiga á J, dizendo como a encanta essa amizade, como ela se relaciona melhor com ele do que com muita gente da cidade dela, dizendo que adoraria conhecê-lo um dia, confessando o quanto as conversas pelo MSN a fazem bem.
As risadas que dão juntos através dessas conversas faz M se apaixonar cada dia mais por J.
M vai viajar, J também.
Depois de quase um mês sem se falarem, M ainda não esqueceu de J, pois se lembra de suas conversas quase todos os dias. Já J, nem sei mais...
Fim. (os nomes são simbólicos, e cidades também.)

domingo, 6 de janeiro de 2008

"Velhinhos são crianças nascidas faz tempo"

Confesso que esse blog ultimamente está sendo meu refúgio. Durante o dia passam várias idéias nessa cabecinha, de escrever, explorar, o que for, mas quando me deparo com o teclado e tela, fogem-me da mente tudo o que havia planejado.
Bom, hoje eu quis escrever sobre os idosos. No trabalho, vi que não só as crianças me encantam, mas também os velhos. Velhos que digo é de corpo, mas ainda crianças de alma. Observo o quanto sabem eles, por quantas já passaram, sabem amar, aprenderam a conviver, passaram por experiências que nem sonhamos ainda, lidaram com gente e souberam administrar o relacionamento. Cada qual com sua vida, seus amores, loucuras, sorrisos, lágrimas, angústias, tantas e tantas outras que a vida nos proporciona a cada dia. Vejo quão sábios são, observo o olhar doce, o brilho que há neles, a serenidade transparente que nos passa, se pudesse absorveria tudo o que há de melhor neles, desde loucuras que cometeram entre amigos, até experiências solitárias. Confesso minha admiração pelo tal, vejo pela minha avó, quão bem me faz, nos dias que passo a tarde lá, quantos risos não me proporciona, com os comentários da televisão, tardes em que passamos olhando álbuns de fotos antigas, histórias jamais esquecidas, momentos que não trocaria por nada, vejo a troca de sentimentos, de prática de vida, como me cativa.
Não há como limitar em palavras, termino aqui mais aliviada dizendo que me sinto envolvida, adeus.

sábado, 5 de janeiro de 2008

"Viver é muito perigoso"

Gildásio. Nordestino, nascido, crescido e vivido em Umbuseiro dos Santos, sertão da Bahia. Casado com Ioleide, leva uma vida monótona, até quando Deus concede Sua graça sobre o casal e Grazielle está prestes a chegar. Nasce a luz da vida, a que envolve Gildásio com amor incondicional, o que nunca na vida experimentou ter, ou sentir.
Alguns meses depois, Grazielle com seu quase um aninho, decidem que vão a São Paulo. Viagem á propósito de visitar Olinto, irmão de Ioleide. A partir daqui descobriremos Gildásio. Não a máquina, mas o ser humano por si só.
Viagem longa, expectativa grande, afinal, não são algumas horas, são demorados e inesquecíveis dois dias. No ônibus, tudo ocorre bem, a não ser a ansiedade de Gildásio, que por dentro é explosão, só quem sabe é ele e mais ninguém. Começa a mudar de estado, vegetação diferente, clima novo, Gildásio, apesar de quieto, observa tudo a sua volta, nem sequer piscava, até porque, aquilo tudo era novidade, idealização, que não passava da curiosidade pós-Jornal Nacional diário. Às vezes cochilava, mas acordava logo, observava a filha e a esposa, e novamente tudo ao seu redor.
Finalmente a chegada á São Paulo, capital.
- Minha nossa!
A preocupação era visível, o medo então, nem se fala. Logo viram Olinto, que estava à sua espera. Saindo da rodoviária, a caminho da casa de seu cunhado, a vontade de perguntar, questionar era tamanha, mas a sua insegurança era maior, permanecia calado. Comentava somente o necessário, informações sobre a viagem, e nada mais.
Chegado a casa, recebe uma surpresa. Não havia dito, mas era seu aniversário. Para ele, sem muita importância, afinal, o que ia mudar? Mas como tradição paulistana, um bolinho para comemorar e o parabéns são indispensáveis.
Tamanha foi a surpresa, que outra saída não havia a não ser ficar parado, olhando a sua volta.
- Não precisava se encomodar não, Deus lhe pague. Tô muito emocionado, nunca tinha acontecido isso comigo, muito obrigado mesmo.
Humilde de coração, se via ali as palavras mais sinceras, emoção tão grande, só com um simples ato, que para nós é totalmente normal.
Segundo dia de descoberta. Explosão, euforia, curiosidade, expectativa, mundo novo a ser decifrado. Sentimentos escondidos, mas reais.
Logo cedo, iam todos ao supermercado. Gildásio e Ioleide colocam roupas especiais, afinal era um SUPERmercado, não a mercearia a que estavam acostumados. Atravessando a rua, o menos esperado acontece, Gildásio se distrai e é atropelado. Um grito antes da morte o libertou, era isso que faltava.
Quem pode dizer que viver não é perigoso? Todos nós estamos sujeitos aos perigos, sejam os mais simples, que seja só o perigo de sentir, ou de saber, mas somos vulneráveis a isso, queiramos nós, ou não.
Esse texto de desenvolve de uma cena congelada, do momento do acidente pelo qual eu, Mariane, passava. Gildásio me envolveu de uma forma esplêndida, me deparei observando aquele ser, sua vinda á São Paulo, Ioleide me contou, a partir daí mergulhei nessa vida, decifrei-a.


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08/11/07
Não continua, por falta de espaço.
O professor mala de redação, cortou meu barato!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Você, o quê?

Qual o próximo passo depois de se deparar com você mesmo, e até com os outros, e perceber que tem algo errado? Na hora em que você não se identifica com qualquer um como antes, onde os assuntos não são mais os mesmos que os agrada, e que os gostos se diferem totalmente uns dos outros. Quando você acha que a tal personalidade está formada, sendo que o tempo não pára, a transformação é constante, de opiniões, de desejos, sentimentos, tudo. Mas por outro lado, você tem algo diferente, você se depara com um mundo sem direção, em que o sentido não é dado por você mesmo, e sim pela mídia. Estereótipo do rídiculo, você se depara com isso em todo momento, em todo lugar.
Reconhecer que cada um tem seu brilho, peculiar, mas tem. Cada um tem seu devido valor, tem seus sentimentos, suas loucuras.
Englobando em outro lado, você vê que não se diverte como se divertia antes, agora não passam de coisas bobas, sem sentidos, tolisses absurdas. Mas aí você vê que foi importante o tempo em que as bobeiras eram o divertimento, mas enfim passou, e hoje, acordado, você perdeu, você ganhou.
Como descrever o que não se descreve? Começa a se embaralhar, confundir os pensamentos, são tantos, inesquecíveis, indescritíveis, agora irreconhecíveis. Pare aqui o que tenta e não consiga decifrar, o que acontece com você?