terça-feira, 6 de dezembro de 2011

É preciso estar aberto!

O fato é que hoje foi um dia digno de ficar registrado. Pressupondo que este é um lugar carregado de sentidos, então, devem ser descritos dias como esse, cheio de energia positiva.
Hoje Mariah sentiu-se viva. Porque quem vive sofre, chora, vê, sente pulsar.
Na rua, pediu um suco pra viagem que, por não caber em um, acabou levando em dois copos. Ao passar por um jovem senhor mal vestido sentado na calçada resolve lhe oferecer um dos copos, mas passou reto. Ao repensar, pára, volta em direção a ele e pergunta: "O senhor aceitaria um presente meu?", ele com um sorriso um pouco temeroso responde rápido: "Claro". Mariah então, observando que os que passam olham desconfiados, entrega-lhe o copo, deixa uma parte dela ali com um sorriso espontâneo. É por isso que se vive, pelas pessoas. O que fica é a satisfação de Mariah ao lembrar da frase clichê mais verdadeira que conhece: "Você é aquilo que faz quando ninguém está vendo."
As horas passam e, já em casa, um tio chega em casa e a família se reúne na sala. Conversa vai, conversa vem, até que Mariah em ato de desespero desperta um prantos. Lágrimas escorrem sobre seu rosto junto com uma voz de choro expondo seus sentimentos, seus machucados que teimam a cicatrizar. Numa construção de afeto e muita compreensão a sala se enche de amor e o que antes era choro se transforma em alegria. Porque expor fraqueza é privilégio. Uma cena que com certeza ficará pra sempre no coração dos presentes. Que presente foi esse momento. O que fica é a impressão de que falta em toda família um reconhecimento do outro, daquele que está ao lado, almoçando, dormindo, vivendo junto. Ainda que esteja perto, muitas vezes estão distantes uns dos outros. Reconhecer uma falta proporcionou a Mariah perceber um amadurecimento genuíno, um crescimento, um avanço no processo que se propôs, o de aprofundar relacionamentos.
É preciso estar aberto e ir além, é preciso estar disposto.