segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Interrogação

Dia. Último. Importuno. Chato. Curiosidade. Impaciente. Fluir. Pensamento. Indecifrável. Desejo. Medo. Saudade. Lua. Novo. Mínimo. Olhar. Infinito. Voltar. Céu. Só. Abraço. Falsidade. Felicidade. Descoberta. Colar. Carta. Internet. Rede. Livro. Sentir. Viver. Intenso. Aprende. Aprendiz. Reboca. Dança. Adormece. Despreocupa-se. Conhecer. Atriz. Atuar. Tédio. Espantar. Pensa. DormeAcorda. Heróis. Real. Andar. Sorte. PortaJanela. Bem. Mau. Bom. Ruim. Acalma. Calma. Discutir. Louco. Ceder. Fé. Valor. Rancores. Grito. Sabores. Cenas. Dezenas. Pequenas. Apena. Pena. Simples. Paradoxo. Ato. Fato. Efêmero. Platônico. Irrelevante. Trivial. Cotidiano. Você. Pergunta, pergunte-se. Me deixo. Te deixo. Enfim. Fim.



Falados os segredos calam.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Experimente

Surto de escrever, é esse o sentimento agora. Não sei sobre o que, ou para que, somente escrever. Talvez de saudade, de amor, de carência, de compartilhamento. Como assim compartilhamento? Hoje vi como as coisas mais simples me fazem mais felizes do que as "normais". Vi também o desejo que tenho em mim no ato de ajudar alguém. Seja suprindo necessidade emocional, ou material mesmo. Vi que tenho algo precioso, que o fato de querer compartilhar com os outros, nao é "careta", mal sabem o que perdem. Falo sobre Jesus, parece que surge um certo pavor a palavra quando leêm. Criaram uma imagem inexistente, tornaram medíocre o verdadeiro valor, ou melhor, fizeram desaparecer o verdadeiro sentido. Queria entender, ou pelo menos que para quem eu falo desse nome, sentisse o que eu sinto, preenchesse o vazio que me preenche, conhecesse o que eu tenho conhecido, experimentasse um milésimo do que é "ter Jesus". É simplismente esse sentimento, compartilhar. É estranho escrever sobre isso, porque não se vê, se sente. O mundo é a base do "ver para crer", como eu poderia mudar isso? Não, não posso mesmo, mas sei de alguém que pode, Deus. Por exemplo, você conhece uma pessoa, nunca viu ela, conversa uma só vez, e no dia seguinte você sente algo muito forte, uma frase que você precisa dizer, como "Deus quer você de volta". Aí você pára e pensa "como assim? estou louca, só pode ser", mas aí você vai e fala, e em minutos você descobre que a pessoa é Cristã, e que já teve um relacionamente íntimo com Deus, e que agora, está perdido, precisando de ajuda, de um apoio, de uma palavra como essa. Como pode? Isso para mim é sobrenatural, é, acontecimento da semana passada.
Como me incomoda e me envolve ao mesmo tempo esse sentimento. Penso, como podem menosprezar isso?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Conhecer pessoas

Ter noção; conhecimento; informação; ter convivência com; distinguir; reconhecer; apreciar; julgar; avaliar; sentir; aceitar; admitir; submeter-se, sujeitar-se. Não necessariamente ter afinidades ou características idênticas, ou a mesma idade, o mesmo sexo, mesmo gosto, mesma cultura. Simplismente conhecer, decifrar, descobrir.
De diferentes lugares, linguajares, culturas, se encontram no mesmo local, semana. Uns ainda deficientes em se relacionar com alguém novo. Outros já tão soltos, com facilidade em cativar algo desconhecido. Assim criam-se laços, com olhares, com o bom e velho "oi, tudo bem?" no elevador, diria até com o tédio, que nos encoraja a experimentar sensações novas, a dar de cara com alguém que nunca viu mas sabe que pode dar certo, podendo transformar o dia.
Natal, o dia fulaz da semana para uns, maioria, para outros há ainda sentido na data, algo a se discutir, assim podendo descobrir algum sentimento, podendo conhecer um pouco mais.
Se torna especial, mesmo que nem todos os significados citados no começo sejam completamente supridos, um pouco que seja de cada verbo se faz presente.
Enfim, somos todos distintos, ainda bem.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Abril Despedaçado

Escrevo aqui sobre o filme que acabei de assistir, "Abril Despedaçado". Em minha opinião um dos melhores filmes nacionais, realmente me cativou, com a linguagem, com o lugar, com a história e com o final. Nordeste, sertão da Bahia, inclusive a filmagem foi feita um pouco depois da casa de um parente do meu pai. O curioso é que quando estava lá ele já havia me dito "filha, aqui nesse matagal teve filmagem com o Rodrigo Santoro, sabia?", eu lá ia saber, nunca tinha ido àquele lugar. Como me encanta a paisagem, a outra realidade. Vejo que os sertanejos, pouco falam, mas muito sentem. Já escrevi uma redação sobre um nordestino, pretendo postá-la aqui um dia desses, mostrando como me impressiona essa gente.
Sobre o filme, quero destacar a imagem do pai, que é duro, rude como manda a tradição. Em nenhum momento se deixa cair, sempre mostrando autoridade perante a família, honra em primeiro lugar. Destaco também o balanço, as imagens são as melhores, que mostra céu e terra, contraditório, o lado de voar, e o lado da rotina. E por último, e principalmente, o menino, "Pacu", extraordinariamente, morre no lugar do irmão, deixa que o irmão seja feliz, descubra o mundo imaginário que ele criou, tendo a oportunidade que ele não teve, sentimento maior que a própria vida, se pode se dizer que é "vida".

Ter Jesus não tem preço.

Me deu vontade de falar de Deus. O que foi representado não só esse ano, mas desde julho de 2005. Depois desse mês eu nunca mais fui a mesma pessoa, sem dúvidas, a transformação foi tamanha que Deus fez em mim. Esse ano ganhei experiências jamais vividas, ou conseguida em qualquer outro lugar. O que vivi não encontrei em livros, em autores, em pessoas, em lugares, em objetos, em lugar nenhum, enfim, encontrei em algo sobrenatural, em algo que cri, e a recompensa foi a melhor que já pude ter, e tenho tido ainda. Foi a troca da frase "ver pra crer" em "crer pra ver". Não trocaria essa realidade espiritual por nada, minha vida está entregue a Jesus, o que faço ou não, estou sendo guiada pela real verdade. Diria que a verdadeira felicidade, sem idéias ilusórias, encontrei agora.
"Eu sou livre".

Mágica

"o que eu fiz desse ano?"

Se fosse para escolher um ano da minha vida até hoje, com certeza seria esse, 2007. Foi o mais humano possível, conheci pessoas que jamais sonhei ou esperei conhecer. Enquanto me distanciava das velhas, com grande dor no coração, e dificuldade em desfazer os laços afetivos, aproximavam-se pessoas novas, personalidades diferentes, gostos distintos. No começo sem muito valor, afinal, a descoberta toma tempo.
Foi o ano de descoberta e despedida, sem dúvidas. Não só um mês, ou dois, mas o ano todo, constantemente. Descobri em mim o verdadeiro "eu". O "eu" que já sentia a tanto, mas expressar-me, jamais. Aprendizado. Absorvi tudo o que havia de melhor dos que me cativaram, dos que me mostraram um outro mundo, o mundo paradoxal. Dos que me ensinaram o que é música, o que é leitura, o que não é a televisão. Me mostraram o que é amizade, o que é diversão.
Em meio as contas matemáticas, fórmulas de física, descobri uma nova sala de aula, uma sala que ha anos nem se quer passava os olhos ou observava alguém. É, um ano de mudança.
Tempo de observar, de sentir, de mergulhar. Se entregar ao novo, simples assim.
Em meio as lágrimas, crescimento. Aos sorrisos, sentimento.
Abominação a futilidade, talvez a frase que definisse o ano.
Enfim, acordei.

.Deixo lembranças a Luís Fernando, banda Tiroshi, Ingrid, Fejão, Isaac, Lucas, Felipe, Daniel, Cássia, Runian, Sônia, Cláudia, Ane, Pietra, Marina, Vitor, Henri, Francisco, Abegar, Luca, Giovanna, Marcela, Andressa, Carla, Juliana, Ricardo, Vinícius, Seu Zé. Cada qual e seu devido valor!

Terça, 11 de dezembro de 2007, às 16h36min.

"Amigo a gente não faz, a gente reconhece."

Eu não sei.
Um reencontro inesperado, mas esperado a muito tempo. Tanto tempo sem se ver, sem trocar olhares, nem se quer um beijo no rosto, ou um abraço medíocre. Coração disparado, sem saber o que falar, por dentro explodindo de emoção, de amor, de saudade, de carinho a dar e receber, tantas coisas em fração de segundos. Sentimentos atordoados, escondidos, mas não esquecidos. Em um só momento parecia tudo desabando, foi incrível, ao mesmo tempo felicidade, e tristeza. Sentimento de perda, talvez seja esse o real sentido do reencontro. Talvez tenha sido um adeus, um adeus como outro qualquer, mas os corações ainda afetuosos. Olhares indecifráveis. Faltou toque, faltou o que tinha antes, sentimento. E eu achando que jamais aconteceria isso, talvez seja tolice minha pensar assim, mas nunca esperei essa reação. Alguém que poucos meses atrás era, junto a mim, como cordões entrelaçados, e que hoje, aparecem desabalroados. Sinto agora como alguém desaparecido, perdido no rio das paixões (ou ilusões), e que seja mesmo, ele passageiro.
Deixando em mim, algo eterno.

[Quarta-feira, 19 de dezembro de 2007, Rua 4 de Abril]

Um dia "normal"

Se isso é tristeza, não sei.
Talvez uma certa rebeldia da minha parte.
Não saber me explicar, ou o não querer.
Sem precisar de opnião, sem decidir opniões, sem querer opniões.
Gente que nunca vi, que nunca conheci, que só fazem o estereótipo do normal.
Talvez nem seja mesmo assim, mas é o que diz a minha utopia.
Talvez me achem o estereótipo normal, e eu, sem se quer ter paciência pra dizer o contrário.
Eu só ligo pro meu pensamento, e sei do meu conceito.
Isso basta. Agora adeus, mais um dia vem chegando aí. E eu, guardo minhas recordações, meu livro de experiências vividas comigo mesma, experiências cotidianas, não encontrando alguém que ache tão surpreendente quanto eu.
Prefiro assim, guardado na memória.

Texto de ontem [terça feira, 18 de dezembro de 2007]

Iniciante.

Como todo iniciante, estou aqui, a primeira postagem.
Mais um blog, de tantos que já tive, dos 12 aos 16 anos. Nenhum se compara com a idéia desse, com a maturidade desse, com cabeça que começo esse. Não com a idéia de ter leitores, que se digam leitores, não de querer expor sentimentos, mas que seja particular, que seja de um certo modo secreto, e que se gostarem, que seja a mim, e nao o blog.
Bom, deixo aqui as boas vindas.
Virão textos de autoria própria, virão textos de autores prediletos, virão textos que nem sei mais.