terça-feira, 23 de agosto de 2011

(sob)re o cuidado de Deus


O sorriso que trago no rosto reflete a harmonia em que passo o dia de hoje. É incrivelmente maravilhoso reconhecer o cuidado de Deus sobre a vida de seus filhos, e mais ainda em saber que me incluo nisso. O fato é que de alguma maneira foi permitido um mergulho na angústia para que, ao amanhecer, sobreviesse a graça divina, mais uma vez renovada como prometida.
O banho quente, o vidro embaçado, a fumaça do incensário e a música tocando fizeram meu corpo entrar em sintonia com a mente, efeito disso, meu espírito está em paz.
Resultando numa reflexão um tanto quanto satisfatória sobre o cuidado, o cuidado divino, o cuidado que não falha, a tal da paz que excede todo entendimento humano, percebo a verdade de que nenhuma folha cai da árvore sem que Deus permita. Estou em paz.
Até a inspiração para que volte uma prática tão linda quanto escrever, que outrora havia perdido, aflora. Aflora não por força própria, mas pela simplicidade como as coisas têm fluído no caminho que tenho trilhado; elas acontecem naturalmente, como devem ser.
Depois da corrida o corpo pede banho. O banho pede calma. A calma, a calma, acalma.


"Ainda não fazem pessoas de algodão
Ainda não fazem pessoas que enxuguem

suas próprias
mágoas"
(cícero)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

direito a ter direito

eu quero ter o direito à irracionalidade.
quero sentir o cheiro do incenso penetrando minha mente, e que essa sensação seja permanente. e, se nao for permanente, que pelo menos esse instante reflita no meu emocional o resto do dia.
quero acordar cedo e aproveitar o que a manhã tem de melhor a me oferecer, sejam flores, sol ou ar puro, quero sentir o gosto da manhã.
quero horas infinitas de sono, até que me canse de descansar.
eu quero o gosto da paixão, que me faça perder a cabeça, fazer loucura, quero perder a razão.
o que desejo é encontrar sentido no que me faz viver, e , infelizmente, parece que a razão não me deixa ser livre.
eu tenho esse direito?