quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

"Amigo a gente não faz, a gente reconhece."

Eu não sei.
Um reencontro inesperado, mas esperado a muito tempo. Tanto tempo sem se ver, sem trocar olhares, nem se quer um beijo no rosto, ou um abraço medíocre. Coração disparado, sem saber o que falar, por dentro explodindo de emoção, de amor, de saudade, de carinho a dar e receber, tantas coisas em fração de segundos. Sentimentos atordoados, escondidos, mas não esquecidos. Em um só momento parecia tudo desabando, foi incrível, ao mesmo tempo felicidade, e tristeza. Sentimento de perda, talvez seja esse o real sentido do reencontro. Talvez tenha sido um adeus, um adeus como outro qualquer, mas os corações ainda afetuosos. Olhares indecifráveis. Faltou toque, faltou o que tinha antes, sentimento. E eu achando que jamais aconteceria isso, talvez seja tolice minha pensar assim, mas nunca esperei essa reação. Alguém que poucos meses atrás era, junto a mim, como cordões entrelaçados, e que hoje, aparecem desabalroados. Sinto agora como alguém desaparecido, perdido no rio das paixões (ou ilusões), e que seja mesmo, ele passageiro.
Deixando em mim, algo eterno.

[Quarta-feira, 19 de dezembro de 2007, Rua 4 de Abril]

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