sábado, 9 de fevereiro de 2008

Os cômodos me incomodam

Fogem-me palavras, são tantas para lembrar, para refletir, cenas que poderiam fluir textos esplêndidos, mas não, não sai disso, estou intacta. Disseram-me que quando isso acontecer é para ir escrevendo até achá-las, quem sabe. Devo dizer que cada dia mais me apaixona o ser humano, a psicologia, o Jesus, a liberdade, o cotidiano alheio, os sentimentos atordoados, a descoberta. Queria acordar o mundo, impressiona-me mesmo quem está acomodado, com a mídia, com a tradição, com o deus da família. Os cômodos me incomodam. Enfatizo a liberdade, o domínio próprio, a personalidade, a gente. Não discutem, não opinam, não contrariam, são invisíveis. Talvez eu mesma não deva me importar tanto com isso, mas me importo. Importo-me com os cegos, cegos de leitura, cegos de sentimento, cegos por dentro. Até podem entender a tal da mídia manipuladora, mas para eles está bom, não consigo me conformar com isso. Como podem viver o que não é deles e não querer mudanças? Pensam o que mandam, não o que querem pensar. Sintam o que dizem pra sentir, não procuram se achar. Tenho horror. Sinto pena, podiam ser maiores, estarem diferentes, realizados. Espero ser uma profissional que ajude os cegos, que os dêem visão. Espero ser missionária em todos os lugares, ser instrumento. Fim,

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