quarta-feira, 4 de junho de 2008

Aprendiz

O que se vê é vero
O seu amor, eu quero
Mas nem só beleza eu vi!

Será que realmente é o que estou vendo? Será que o mundo é realmente o que parece ser? Ser?
Será que eu sou realmente o que sou?
Te venderam uma bola azul, uma calça Ellus e uma vida confeccionada em reuniões executivas das
grandes multinacionais; Disseram que era essa a vida que você gostaria de viver.
Às vezes eu acho que sim! Lembra. Tínhamos até opções: Bola azul, bola verde ou multicolorida,
claro essa pra quem fosse mais ousado e gostasse de desafios. Como eu sou mais sério e busco a vanguarda prefiro uma bola azul. E tinha também a bola da moda que era uma de cor prateada, mas era mais cara também, tinha um design ultra moderno e algumas outras utilidades;
Sabe o que eu vi: Vi um mundo que eu não criei. Vi um monte de coisas que usam para serem
parecidos com outras pessoas e criar identificação um com os outros, e até parece um bom objetivo, mas ninguém tem identidade em si mesmo senão no que se tem para oferecer;
Eu nunca tinha dito nada sobre isso. O único elo de um ser humano pelo outro era para
ser o amor, mas descobri que essa palavra não tem o mesmo sentido de quando eu a utilizava com meus amigos, nem quando definimos o meu pai como a fiel expressão de amor, o referencial. Era engraçado, tudo que queríamos naquele tempo era desafiar o mundo a amar como ele amou. Isso sim era amor! Brincávamos para ver quem amaria mais… e na verdade nós amávamos. Essa idéia de amor veio da mente dele. E eu falo Verdade, esse é meu nome.
Agora, eu vejo pouco daquilo que era. Falta simplicidade! Falta honestidade! Falta identidade!
Quem é você? Não, eu pergunto quem é você sem nenhuma dessas parafernálias criadas pelo próprio homem para se definir. Ninguém sabe bem ao certo? Não pensaram bem sobre…
Ok!!! É por isso que eu morrerei pai? E se de novo não der certo? Mas que seja feita a sua vontade não a minha!


Por: Marco Faria.

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